terça-feira, 3 de setembro de 2013

A "Usina Velha", o carrasco Filinto Muller e uma revisão imprescindível




O titular do Blog tem nojo de ditadores. Dos de ontem e dos de hoje. E lança uma campanha: a extirpação da memória dos douradenses, do nome de Filinto Müller, um aberto simpatizante do nazismo e que foi chefe da polícia política no governo ditatorial de Getúlio Vargas. Em 1936, ambos entregaram à Gestapo, a polícia política de Hitler, que a mandou para a morte no campo de extermínio de Bernburg, a alemã Olga Benário, esposa do dirigente comunista Luís Carlos Prestes e presa como ele no Brasil. Olga estava grávida no momento em que foi deportada.Nenhuma figura na história do Brasil esteve tão diretamente ligado a um crime de morte, de forma tão comprovada, como Filinto Muller, no caso de Olga Benário.Que se mantenha o nome da Escola Presidente Vargas, mas manter uma homenagem a um carrasco como Filinto é uma obscenidade. Essa figura execrável nomina a “Usina Velha”, nome já incorporado ao imaginário popular e que poderia ser oficializado através de lei. Considera uma revisão histórica imprescindível.
Na Itália não existe rua, monumento ou edifício público com o nome de Benito Mussolini ou de outro funcionário graduado do regime fascista. A decisão faz parte de uma luta ideológica que visa extirpar as marcas da intolerância, da brutalidade e da xenofobia que marcaram a vida do país entre 1924 e 1944.Tampouco há na Alemanha uma avenida Adolf Hitler, um aeroporto Herman Göering (que foi ás da aviação na I Guerra Mundial), um viaduto Joseph Goebbels ou coisas que o valham. Aliás, evitou-se durante décadas batizar crianças com o nome Adolf, por motivos mais ou menos óbvios. Argentina, Chile e Uruguai também não fazem rapapés à memória de responsáveis pelos anos de terror institucionalizado. A cidade de Puerto Stroessner, no Paraguai, teve seu nome mudado para Ciudad Del Este, assim que o ditador foi deposto, em 1989. 
Rodovia Castello Branco, elevado Costa e Silva, rua Dr. Sergio Fleury, avenida Presidente Médici e por aí vai. O Brasil é uma das poucas democracias do mundo que não só deixa tiranos impunes, como os homenageia em praça pública. Boa iniciativa para a Comissão da Verdade seria propor a mudança imediata de tais nomes. Uma Comissão da Verdade de verdade poderia começar seus trabalhos propondo ao Congresso Nacional uma lei simples: proibir em todo o território nacional que logradouros públicos sejam batizados com nomes de ditadores. E alterar as denominações existentes, como é o caso da Usina Filinto Muller. Banir os nomes de gente dessa laia dos logradouros públicos é um bom passo para se consolidar a democracia. Manter tal denominação, no caso da “Usina Velha” significa conservar viva a memória de gente que deve ser colocada em seu justo lugar na História: o daqueles que perpetraram crimes contra a humanidade, democracia e a cidadania, prejudicaram o país e contribuíram para o atraso em vários campos de atividade. Filinto foi um bandido.Um carrasco. E a pátria não pode homenagear bandidos.
Homenagear um assassino é voltar a assassinar cada uma de suas vítimas!!!

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